quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Curando a Constipação Crônica

Este texto é muito interessante, pois mostra como nossa saúde está muito ligada ao que comemos diariamente. Por isso, precisamos muito analisar se o que estamos ingerindo é realmente "alimento" que alimenta nossas células ou "comida" que comemos para encher nossa barriga, nos tornando gordos desnutridos.
Leiam com atenção e reflitam!
 
por Arnold Ehret
 
 
 
 
A constipação crônica é o pior e mais comum crime contra a vida e a humanidade – um crime cometido inconscientemente e cuja enormidade ainda não é completamente compreendida. Ela é acusada de ser um dos principais fatores causadores de todas as doenças físicas e mentais. Eu sei, baseado em minha experiência prática com milhares de doentes crônicos, que a vida do homem, e o alcance de suas capacidades mentais e espirituais é grandemente influenciado pela condição do seu trato alimentar. É certamente muito importante que o cérebro e os nervos do homem sejam supridos com sangue puro, e que não fiquem dependentes de sangue, poluído com impurezas, vindo de um canal alimentar sujo. “Sujo” é uma palavra muito suave, quando estamos tratando com a pior espécie de uma condição imunda.

É um fato que o homem, produto da sociedade “civilizada” atual, deste elogiado “avançado” século vinte, nasce na sujeira, porque sua mãe, durante a gravidez, sofre invariavelmente de constipação. E digo mais, que enquanto neste estado, ela geralmente come duas a três vezes mais que o necessário. Isto faz com que o chamado homem normal, mais ou menos saudável, tenha obstruções desde a infância. E, num grau muito maior, é o homem constipado que está carregado com tal massa de sujeira interna, que só pode ser chamada de indescritível. Seu trato alimentar, desde a boca do anus até a garganta está cheio de muco doentio – não digerido, decomposto, e substâncias alimentares retidas, tudo num estado de fermentação e putrefação. Seus intestinos nunca tiveram uma limpeza perfeita durante toda sua vida. Após cada evacuação, o anus precisa ser artificialmente limpo, o que mostra que as paredes internas dos intestino devem reter, após cada passagem, quantidades da mesma sujeira.

Um médico em Berlim, cujo trabalho era fazer autópsias, verificou que 60% de todos os cadáveres continham, no canal alimentar, várias matérias estranhas – vermes e fezes petrificadas – e verificou ainda mais, que em quase todos os casos as paredes dos intestinos e do cólon estavam cobertas com um crosta de fezes endurecidas, tornando evidente que esses órgãos haviam degenerado a um estado de total ineficiência. Médicos americanos progressistas estão rapidamente acordando para o fato que matéria fecal retida é uma das principais causas de doença. Autópsias estão constantemente revelando condições de imundície indescritíveis. Um médico publicou o seguinte:

“Eu encontrei a causa de todas as doenças do corpo humano, a causa da velhice prematura e da morte”. Pode parecer surpreendente, mas em 284 autópsias feitas apenas 28 cólons foram encontrados livres de fezes endurecidas e num estado normal e saudável. Os demais estavam mais ou menos incrustados com material alimentar rejeitado, endurecido, podre. Muitos estavam distendidos até duas vezes seu tamanho natural ao longo de todo comprimento com um pequeno buraco no centro e quase todos estes últimos casos mencionados tinham evacuações regulares diariamente. Alguns deles continham grande quantidade de vermes, de 10 a 12 centímetros de comprimento.

“Minha experiência do dia a dia me trouxe descobertas assustadoras em pacientes na forma de vermes e ninhos de ovos, acompanhados por sangue e pus. Enquanto olhava para o cólon e esse reservatório de morte, eu me admirava que qualquer um pudesse viver uma semana, quanto menos anos, com tal fossa mortal e contagiante dentro ele. A absorção desse veneno mortal pela circulação só pode causar todo tipo de doença contagiosa. O recente tratamento de hemorragia nos intestinos na febre tifóide mostrou que ela é causada por larvas e vermes que comem seu caminho na delicada membrana, furando uma veia ou artéria. De fato, minha experiência durante estes últimos dez anos provou, pela rápida recuperação de todas as doenças depois que o cólon foi limpo, que a causa básica de quase todas as doenças humanas reside no cólon.”

O fato desta condição revoltante e indescritível surgir da ignorância quase universal da seleção correta dos alimentos revela que o “Sistema de Cura da Dieta sem Muco” é uma descoberta muito importante para o desenvolvimento e a regeneração da raça humana.

No exterior, o homem atual está cuidadosamente bem arrumado, talvez limpo além do necessário, enquanto por dentro ele é mais sujo do que o mais sujo dos animais – cujos ânus são tão limpos como suas bocas, desde que não tenham sido “domesticados” pelo homem “civilizado”.

A Terapia Natural provou há muito tempo que em toda doença existe uma obstrução constitucional de matéria estranha entupindo todo o sistema. Essa afirmação não é suficientemente explícita. Essas matérias estranhas, alheias ao corpo, e sem uso para o sistema, consistem de massas de fezes acumuladas, alimentos não digeridos, muco doentio, e água supérflua retida; tudo num estado de fermentação e decomposição. O homem cronicamente constipado carrega, de fato, uma verdadeira fossa em seus intestinos, pela qual a corrente sanguínea é continuamente poluída e envenenada, um fato que apenas um observador experimentado pode detectar imediatamente com um diagnóstico facial. A ciência médica oficial e os leigos não suspeitam de “constipação” quando o indivíduo consome de 3 a 5 refeições por dia, enquanto estiver tendo um assim chamado bom movimento intestinal. O homem imagina que seu corpo “confortavelmente engordado” seja um sinal de saúde; ao mesmo tempo ele tem tanto medo do vento frio e de “germes” como do diabo. Quando esse “bem nutrido” homem, que normalmente está constipado, faz um jejum ou se submete a uma “dieta com menos muco” – como recomendei a muitos como último recurso – ele descarregará montes de sujeira putrefata, urina fétida cheia de muco, sal, ácido úrico, gordura, drogas, albumina e pus, de acordo com sua doença.

O efeito mais surpreendente desses tratamentos é a imensa quantidade de fezes descarregadas e o cheiro fétido que exala tanto da boca como da pele. Mas a “descarga” mais importante é a eliminação, através da circulação, pela urina. A urina mostrará um sedimento de muco assim que a pessoa jejue ou reduza a quantidade de alimentos, ou mude para alimentos naturais, sem muco. Os médicos chamam a isso de “doença”, mas na realidade é o processo de auto-limpeza do corpo. Essa auto-eliminação através da circulação é o trabalho mais maravilhoso do corpo humano de cura de toda doença. Controlar esse processo pelo alimento e sua quantidade é a única arte terapêutica de cura verdadeira, natural e perfeita e não é tão bem sucedida em outros “tratamentos” como no “Sistema de Cura da Dieta sem Muco.”

Essa eliminação – especialmente aquela do homem doente depois de um longo período de sofrimento e tratamento médico fracassado – é o “maior acontecimento” para o homem. Agora ele entende mais do que nunca – o que tão poucos médicos no mundo compreenderam como eu, através de milhares de casos – que todo homem civilizado é uma fossa ambulante, devido à constipação crônica.

Todos os seus tratamentos anteriores fracassados agora são vistos por ele sob uma nova luz tragicômica. Ele agora sabe onde encontrar a fonte de seu sofrimento, qualquer que seja o nome de sua doença. Ele agora compreende que foi erroneamente e ignorantemente tratado pelos médicos que “suprimiram a doença” sem eliminar a imundície retida em todo seu sistema, especialmente em seu canal alimentar, desde a infância, e que constituía o principal fator causador da doença.

 
Arnold Ehret (1866 – 1922) foi um professor e autor de diversos livros sobre saúde, nascido na Alemanha e radicado nos EUA. Este texto foi extraído de seu livro “A Cura Definitiva da Constipação Crônica”.
 
Extraído de: http://arnoldehretbrasil.blogspot.com/

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