sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Imagine - John Lennon




"Fiquei pensando... qual mensagem encerraríamos o final de 2010? Tantas possibilidades, tantas reflexões, tantas coisas interressantes e inteligentes, mas queria algo que falasse aos corações, que nos remetesse a uma imagem, a um sonho e um dia, a uma realidade. Sem a menor dúvida, John Lennon foi inspirado pela luz, nos legando uma das maiores mensagens já conhecidas, refletindo a busca de muitos daqueles que acreditam num mundo de paz, amor, luz e consciência. Não tenho a menor dúvida, que os herdeiros da Terra reconstruirão este mundo e vivenciarão a plenitude da unidade do amor."
Marcos
Imagine

Imagine there's no Heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace

You may say that I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world

You may say that I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one

Imagine não existir paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Reencarnação através dos Tempos





Vivemos num tempo, num mundo onde a raça humana pensa somente no ter, esquecendo o quão efêmero é o tempo de viver, e como deveríamos vivenciar o presente, sem se identificar com absolutamente nada, ou simplesmente ser..... feliz, amigo(a), companheiro(a), terno(a), amoroso(a).
A identificação com as coisas do mundo, reflete os desejos de nossos egos.
Vejo políticos enlameados na ignorância pelo vil metal, reencarnações fracassadas de senadores romanos ou de políticos de outras eras; médicos que “tem” a certeza de serem maiores que Deus, quando deveriam praticar o sacerdócio do amor; religiosos que não entram no céu e não deixam outros entrarem. Todos pregam a cartilha de uma vida imediata, sem consequências, sem responsabilidades, achando que o “poder” temporal é para sempre.
Busquemos a verdade que liberta. De onde viemos? De outros mundos, de outras escolas planetárias. Para onde iremos? Continuaremos nesta jornada, para outros mundos. Quem Somos? Somos deuses, somos luz. O engraçado é que a maioria de nós, nega a vida em outros mundos, quando nós mesmos não somos daqui.
A morte iguala todos os seres.
Pense, porque uns nascem ricos e outros pobres; uns são negros, outros brancos, outros amarelos, outros vermelhos; uns nascem com doenças incuráveis, outros vivem anos sem sofrer sequer um resfriado. Uns nascem com dons maravilhosos, como Mozart que compôs sua primeira obra com 4 anos; outros passam a existência sem sequer saber ler ou escrever.
Deus está jogando dados? Com certeza não. Somos nossas próprias experiências, escolhas, amores e dores. Nascemos e morremos inúmeras vezes, experimentando em cada existência, todas as nossas potencias e possibilidades. Nascer não é pagar pecados, mas resgatar nossa consciência. Ajustarmos nossos erros, se perdoar e perdoar aqueles que nos machucaram de alguma forma. Porque esquecer das vidas passadas? Porque lembrar, nos causaria dissabores e dificilmente conseguiríamos nos ajustar com aqueles que magoamos ou que nos magoaram.
Não acreditar em reencarnação, na lei de ação e reação, não altera em absoluto os planos delineados pelos espíritos superiores; não acreditar, não nos afastará das nossas responsabilidades; não acreditar, não nos eximirá de refletirmos sobre nossas obras.
Religião vem da palavra re-ligare, ou seja, religar a algo superior. Numa existência, que é um milésimo de micro segundo da eternidade cósmica, não é possível despertar todas as nossas potencialidades. Reencarnar é a possibilidade de dar continuidade em nossos projetos cósmicos.
Somos um colar de pérolas. As pérolas são nossas vidas e o cordão é nossa essência, nosso espírito, nossa alma.
Reencarnar é uma lei natural, e você aceitando ou não, não importa, nascerás novamente .... novamente .... novamente .....
Marcos

“Antes de nascer, a criança já viveu e a morte não é o fim. A Vida é um evento que passa como o dia solar que renasce.” Papiro Egípcio (3.000 a.C.)


“Da mesma forma que nos desfazemos de uma roupa usada para pegar uma nova, assim a alma se descarta de um corpo usado para se revestir de novos corpos.” Bhagavad Gita (3.000 a.C.)


“Honra a ti, Osíris, Ó Governador dos que se encontram no paraíso, tu que fazes renascer os mortais, que renovas sua juventude...” Livro Egípcio dos Mortos (2.000 a.C.)


“Ninguém pode ser salvo sem renascer e sem livrar-se das paixões que entraram no último nascimento espiritual.” Hermes Trimegisto (1.250 a.C.)


“Aquele que retorna para a Terra e faz o bem, segundo o seu conhecimento, suas palavras, ações e intenções, recebe um dia uma recompensa, que convenha aos seus méritos... Aqueles que durante o período de vida na Terra, vivem na dor e no desgosto, sofrem com isso por causa de suas palavras mesquinhas ou suas más ações num corpo anterior, pelo que é punido no presente.” Zoroastro (1.000 a.C.)


“A Alma nunca morre, mas recomeça uma nova vida, ela nada mais faz que mudar de domicílio, tomando uma outra forma. Quanto a mim, que vos revelo estas misteriosas verdades, já fui Euforbes numa outra vida, no tempo da guerra de Tróia, lembro-me perfeitamente bem de meu nome e de meus pais, assim como do modo como fui morto em combate com o rei de Esparta. Em Micenas, no templo de Juno, vi suspenso na parede o meu próprio escudo de um outro tempo. Mas, embora vivendo em vários corpos, a Alma é sempre a mesma, pois só a forma muda.” Pitágoras (572-493 a.C.)


“Os seres humanos que se apegam demasiado aos valores materiais são obrigados a reencarnar incessantemente, até compreenderem que ser é mais importante do que ter.” Buda (563-483 a.C.)


“Estou convencido que vivemos novamente e que os vivos emergem dos que morreram e que as almas dos que morreram estão vivas.” Sócrates / Filósofo Grego (469-399 a.C.)


“Ó tu, moço ou jovem que te julgas abandonado pelos deuses, saiba que, se te tornares pio, irás ter com as piores almas, ou, se melhor, irá se juntar as melhores almas, e em toda sucessão de vida e morte farás e sofrerás o que um igual pode merecidamente sofrer nas mãos de iguais. É esta a justiça dos céus.” Platão (427-347 a.C.)


“Outro forte indício de que os homens sabem a maioria das coisas antes do nascimento é que, quando crianças aprendem fatos com enorme rapidez, o que demonstra que não os estão aprendendo pela primeira vez, e sim os relembrando.” Cícero (106-43 a.C.)


“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Jesus (João 3:3)


“Morrer é mudar de corpo como os atores mudam de roupa.” Plotino (205-270 d.C.)


“Fui mineral, morri e me tornei planta, como planta morri e depois fui animal, como animal morri e depois fui homem, porque teria eu medo ? Acaso fui rebaixado pela morte ? Vi dois mil homens que eu fui; mas nenhum era tão bom quanto sou hoje. Morrerei ainda como homem, para elevar-me e estar entre os bem-aventurados anjos. Entretanto, mesmo esse estado de anjo terei de deixar.” Al Rumi / Poeta Islâmico (1.210-1.273 d.C.)


“Lê-me, leitor, se encontras prazer em ler-me, porque muito raramente eu voltarei a este mundo.” Leonardo da Vinci (1.452-1.519 d.C.)


“Se aceitamos a crença numa continuação da vida, a prática religiosa se torna uma necessidade que nada pode suplantar, para preparar sua encarnação futura... Seja qual for o nome dessa religião, o fato de compreendê-la e praticá-la torna-se a base essencial de uma mente que está em paz, portanto, de um mundo de paz. Se não há paz na mente, não pode haver paz alguma no modo como uma pessoa se relaciona com as outras, e, por conseguinte, não pode haver relações entre os indivíduos ou entre as nações.” Um Dalai Lama (1.500 d.C.)


“Nascer duas vezes não é mais surpreendente que nascer uma vez: tudo na natureza é ressurreição.” Voltaire (1.694-1.778 d.C.)


“Aqui jaz o corpo de Benjamin Franklin, Impressor, semelhante à capa de um velho livro de páginas arrancadas, abandonadas ao léu, com seu título e seus dourados apagados. A obra não se perderá, pois como ele acreditava, ela aparecerá uma vez mais em nova edição mais elegante, revisada e corrigida pelo autor.” Benjamin Franklin (1.706-1.790 d.C.)


“Sinto que logo deixarei esta vida terrena. Mas como estou convencido de que nada existe na natureza que possa ser aniquilado, tenho como certeza que o mais nobre de mim mesmo não cessará de viver. Embora eu me arrisque a não ser rei em minha próxima vida... ora, tanto melhor!... viverei mesmo assim uma vida ativa e, o que é melhor, sofrerei menos por ingratidão.” Frederico “O Grande” (1.712-1.786 d.C.)


“Estou certo de que estive aqui, como estou agora, mil vezes antes e espero retornar mil vezes... A alma do homem é como a água; Vem do Céu e sobe para Céu, para depois voltar a Terra, em um eterno ir e vir.” Goethe (1.749-1,832 d.C.)


“Se um asiático me perguntar por uma definição da Europa, serei forçado a responder-lhe do seguinte modo: É aquela parte do mundo perseguida pela incrível ilusão de que o homem foi criado do nada, e que a sua existência atual é a sua primeira entrada na vida.” Arthur Schopenhauer / Filósofo Alemão (1.788-1.860 d.C.)


“Todos os seres humanos experimentaram vidas anteriores... Quem sabe quantas formas físicas o herdeiro do céu ocupa, antes que ele possa compreender o valor daquele silêncio e solidão, cujas planícies estreladas são apenas a antecâmara dos mundos espirituais.” Honoré de Balzac / Escritor Francês (1.799-1.850 d.C.)


“Sem a idéia da reencarnação, sinceramente com todo respeito às demais religiões, eu não vejo uma explicação sensata, inclusive, para a existência de Deus.” Chico Xavier (1.910-2.002 d.C.)


domingo, 26 de dezembro de 2010

Mais fotos

Meu amiguinho...


Pausa para um descanso...


Momento ternura...


Curioso...


Montanhas que amamos...


Lindos pássaros...


Arco-íris...


A Natureza que nos visita...


A Natureza que nos visita (2).


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Jesus

Meus queridos,

"Nesta noite, receberemos a visita de Nosso Senhor, em comemoração simbólica de seu aniversário. Para homenageá-lo, posto aqui sua imagem e descrição física, por aquele que o viu ao vivo e a cores."
Marcos

Para os adeptos da Doutrina Espírita há o relato constante do livro Há dois mil anos escrito através da psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo autor espiritual Emmanuel. Nesta obra mediúnica, é narrado com detalhes os principais fatos da vida de Publius Lentulus Cornelius (ou ainda na forma aportuguesada Públio Lêntulo Cornélio), que teria sido uma das reencarnações do próprio Emmanuel. Há passagens descrevendo seu encontro com Jesus, onde o Cristo intercede pela cura de sua filha, que contraíra lepra. Sua esposa Lívia, dama patrícia, tornara-se cristã. Lentulus também teria tido papel importante no julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos. Na obra, não se encontra publicada a carta mencionada anteriormente. Ainda de acordo o relato na obra, Publius Lentulus teria sido a reencarnação do seu bisavô Publius Cornelius Lentulus Sura.

Para refletir estou enviando a vcs a carta de Públius Lentulus e agora com a gravura de Jesus, pintada pelo próprio Públios Lentulus, na época em que Cristo começava a Sua pregação.
Vejam a beleza e expressão deste rosto, esta é a mais fiel imagem de nosso Senhor Jesus.

Os originais estão guardados no Vaticano.

Origem: Tradução de uma carta de Públius Lentulus a César Augusto, Imperador de Roma. Públius Lentulus foi predecessor de Pôncio Pilatos como governador da Judéia, na época em que Jesus Cristo iniciou seu ministério. O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Comprovada sua autenticidade, tornou-se, fora da Bíblia, o documento mais importante sobre a pessoa de Nosso Senhor Jesus.

TEXTO DA CARTA:

"O governador da Judéia, Públius Lentulus, ao César Romano: Soube ó César, que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus, que o povo considera um profeta, e seus discípulos, o filho de Deus, criador do céu e da terra.

Com efeito, César, todos os dias se ouvem contar dele coisas maravilhosas. Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos. É um homem de estatura regular, em cuja fisionomia se reflete tal doçura e tal dignidade que a gente sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.

A sua cabeleira tem até as orelhas, a cor das nozes maduras e, daí aos ombros tingem-se de um louro claro e brilhante; divide-se uma risca ao meio, á moda nazarena. A sua barba, da mesma cor da cabeleira, e encaracolada, não longa e também repartida ao meio. Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol; ninguém o pode olhar em face. Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável e benévolo. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes foi visto chorando. As suas mãos são belas como seus braços, toda gente acha sua conversação agradável e sedutora. Não é visto amiúde em público e, quando aparece, apresenta-se modestissimamente vestido. O seu porte é muito distinto. É belo. Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.

Se o queres conhecer, ó César, como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te o mandarei. Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências. Anda descalço e de cabeça descoberta. Muitos riem, quando ao longe o enxergam; desde que porém. se encontram face a face com ele, tremem e admiram-no. Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, ó César. Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa."

Sabemos também que após a crucificação de Cristo Públius Lentulus tornou-se seu seguidor e, juntamente com sua filha Lívia, levava a palavra de Deus aos povos da época.

Públius e Lívia já tiveram encarnados diversas vezes em missão espiritual. Seu espírito (Públius) é conhecido no espiritismo como o grande nome EMMANUEL, o guia espiritual de Chico Xavier, e o espírito de Lívia, é o próprio Chico Xavier, segundo estudiosos kardecistas.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Grande Transição

Temos postado mensagens e ensinamentos de verdadeiros amigos espirituais, que nos alertam para a grande transformação que ocorrerá na Terra, esta que deixará de ser um planeta de provas e expiações, para ser um planeta de regeneração, onde aqueles que aqui permanecerem, terão a grande oportunidade de reconstruir as bases para um mundo mais espiritualizado e mais feliz.
Estas postagens não tem como objetivo assustar, ou nos transformar em apóstolos das catástrofes ou do apocalipse, mas sim, alertar através de várias fontes, que o processo já se iniciou, independente de nossas crenças ou religiões. Eis a grande oportunidade para refletirmos o nosso papel nesta hora tão importante.
Marcos


“Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.
O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.
Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.
Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as conseqüências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.
Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.
Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de ser úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.
Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes, que estimulem ao avanço e à felicidade.
Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.
A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.
Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...
A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.
... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.
A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude.
Há, em toda parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.
A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega da maneira espontânea, gerando lamentáveis conseqüências, que se avolumam em desaires contínuos.
É inevitável a colheita da sementeira por aquele que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.
Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que se lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.
Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui
A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.
Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.
Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança.
Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.
O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.
Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.
O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.
São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões.
Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.
A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.
Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.
A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.
As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.
Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.
A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.
Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.
Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.”

Joanna de Ângelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ).

domingo, 19 de dezembro de 2010

Do Dharma


por Tereza Freire
Ser ou não ser, eis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
ou pegar em armas contra um
mar de provocações, e,
combatendo-lhe, dar-lhe fim?
Morrer, dormir...
                         
ShakespeareHamlet.


Apesar dos diferentes contextos, culturas e situações, o dilema de Hamlet em muito se aproxima do dilema de Arjuna, assim como de todos nós, acerca das escolhas diárias que somos obrigados a fazer. Teria o autor inglês se inspirado na Bhagavad Gita? Ou seria este o drama universal da espécie humana desde o começo de sua existência?
Hamlet, desde seu desepero na tragédia que vive, pensa como um filósofo. Questiona e analisa todas as suas decisões. Questiona a ação do guerreiro com a consciência de um intelectual. Assim como Arjuna, o guerreiro que se vê diante de um impasse quando é obrigado a lutar contra sua família e seu mestre.
Este também é o dilema que todos, em maior ou menor grau, enfrentamos quando representamos os diversos papéis que nos cabem no dia a dia. Não foi à toa que fomos dotados com discernimento, budhi. Foi para que usemos esse discernimento ao nosso favor.  
A mente é apenas mais um sentido. Nós temos uma mente, mas não somos a mente. Portanto, o paradigma ocidental cartesiano “Penso, logo existo”, não corresponde à realidade. Eu primeiro existo, depois penso.  
O personagem Hamlet diz, em outro momento: “Nada é bom ou mal, a não ser por força do pensamento”. Mais uma semelhança com o pensamento hinduísta contido na Gita, que diz que tanto sucesso quanto fracasso são apenas experiências. Tudo é relativo, depende do observador para existir e este, o observador, não muda. O que muda são os papéis. 
Deveríamos ver a vida como uma peça de teatro. Como um jogo. Não é a toa que em inglês, atuar é  “to play”. Os atores  interpretam os personagens e depois vão para a casa. Não levam os personagens para a sua vida fora do teatro. Assim deveríamos viver a nossa vida, e não nos identificarmos com os personagens que interpretamos. Os problemas não são nossos e sim, dos personagens que representamos.
Devemos jogar o jogo, fazer o que deve ser feito e seguir em frente, como o ator que vota ao seu lar depois do espetáculo. Mas nos deixamos levar pela mente, nos confundimos e achamos que somos nossos pensamentos. 
Não somos nem mente, nem pensamentos. Somos aquele que pensa os pensamentos. Não somos nossos corpos. Somos aquele que se relaciona através de um corpo.  Mais um trecho de Shakespeare que se aproxima do pensamento hinduísta:
O ser grande não é se empenhar em grandes causas. 
Grande é quem luta até por uma palha quando a honra está em jogo.
Na Gita, Krishna ensina que não há trabalhos maiores ou melhores. É mais nobre cumprir seu próprio destino, por menos glamuroso que ele possa parecer, do que tentar cumprir o destino do outro. Agir de acordo com o dharma é fazer o que tem que ser feito.
Fazer cada pequena ação, por mais simples que ela possa parecer, como se fosse a coisa mais importante do mundo. Porque é a coisa mais importante do mundo! A ação correta é aquela feita com todo amor e dedicação possível. Fazer tudo como se fosse uma oferenda. 
Há uma estória sobre um vilarejo na India que foi inundado pelas monções. Milhares de pessoas perderam suas casas e a situação era desesperadora. Como eram muito pobres, as famílias que não ficaram desabrigadas, não podiam resolver um problema daquela dimensão.
Mas quando cada um guardou um pouco do que não precisava  e deu para os desabrigados, o pouco de cada um virou muito e o problema foi resolvido e todos contribuíram para restaurar o dharma, a ordem, a vida daquela vila. Mais Shakespeare: 
As ações más, embora a terra as cubra,
não se subtraem aos olhos dos mortais.
Cada ação corresponde a uma reação de igual proporção. Por mais que seja possível fraudar, enganar,  roubar, matar e sair inocente, tudo fica inscrito neste texto que é a nossa vida. Isto é matemático. Não é uma questão de fé e sim, de cognição.
Assim como o fato de que cada pequeno gesto meu interfere no todo com uma força enorme. Portanto, é apenas desculpa esfarrapada não reciclar seu lixo e outras simples e cotidianas atitudes que visam diminuir a sujeira, e a poluição que cada um de nós causa ao meio ambiente. 
Não há desculpas para não agir com consciência, porque está comprovado que só existe o Um. Se o todo está ficando uma sujeira e uma porcaria é por responsabilidade de cada um de nós. Ou somos todos sujeira e porcaria?  
Devemos ver as situações com uma lente macro, e abrir a perspectiva, ao invés de nos fecharmos em nossas pequenas necessidades e caprichos. Portanto, não podemos ser apenas contribuintes, no sentido de pagar nossos impostos e votar de vez em quando. Devemos ser contribuidores!  
Como disse o filósofo Schopenhauer, a raiz da ética é a empatia. Viver de acordo com o dharma é simplesmente fazer as ações que visam o bem comum. Quando minhas ações deixarem de ser reativas e passarem a ser pautadas pelo discernimento, esta será a ação correta. E ação correta é dharma. Namaste.
Texto extraído do site: http://www.yoga.pro.br/ 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Em defesa da comida - Um manifesto

 

Livro de Michael Pollan

 

"Coma apenas o que sua avó reconheceria como comida."

 

"Coma comida. Não em excesso. Principalmente vegetais." Eis a primeira recomendação de Michael Pollan, autor de "O dilema do onívoro", em seu novo livro "Em defesa da comida - Um manifesto", que a editora Intrínseca lança no Brasil.

Sucesso de vendas nos Estados Unidos, a obra, publicada em janeiro de 2008 e que, desde então, mantém-se em primeiro lugar na lista de best-sellers do New York Times, conquistou crítica e leitores por propor a volta à alimentação tradicional, orgânica e saudável dos nossos avós e a valorização do ato social e cultural de comer. Michael Pollan dá dicas de como qualquer um pode se alimentar com "comida de verdade".

Com um texto simples, de fácil compreensão, mas aprofundado, crítico e politizado, Pollan disseca as contradições do marketing da indústria alimentícia, que movimenta 32 bilhões de dólares nos Estados Unidos, e a produção de alimentos norte-americana e suas suspeitas relações com cientistas, sistema de saúde, órgãos governamentais de regulamentação e a mídia.

Em uma reportagem convincente e envolvente, ficamos estarrecidos com fatos como a nova alegação nutricional da agência norte-americana para regulamentação de alimentos e medicamentos (FDA) de que comer batatas fritas de determinada marca, por serem feitas com gordura poliinsaturada, pode ajudar a reduzir o consumo de gorduras saturadas, protegendo, portanto, o sistema cardiovascular. "Assim, uma famigerada porcaria pode passar pelo crivo da lógica nutricionista e sair do outro lado com aspecto de comida saudável", informa Pollan.

O autor explica como, a partir da década de 60, quando cientistas condenaram a gordura animal, só vemos a comida a partir de uma lógica nutricionista. O problema é que esses estudos científicos mudam e se contradizem com muita freqüência.

Um exemplo são os resultados de duas pesquisas de instituições renomadas nos EUA (Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências e Harvard) sobre as gorduras ômega-3, publicados em 2006. Enquanto o primeiro estudo não encontrou provas conclusivas de que a substância fizesse muito bem ao coração, o outro trouxe a notícia promissora de que comer determinadas porções de peixe por semana (ou tomar cápsulas de óleo de peixe) diminui em mais de um terço o risco de morte por ataque cardíaco.

Segundo Pollan, como conseqüência dessa notícia, não tardará o momento em que cientistas da indústria da alimentação, visando a aumentar as vendas para o público preocupado com as doenças cardíacas, adicionarão óleo de peixes e algas a alimentos totalmente terrestres, como pães e massas, leite, iogurtes e queijos, sob a alegação de seus benefícios para a saúde do coração.

Essas observações nos rótulos dos alimentos industrializados, aliás, também são condenadas pelo escritor. E o argumento é simples: "alegações desse tipo num produto alimentício são forte indício de que não se trata de fato de comida", explica. Michael Pollan acredita que alimentos frescos e integrais são melhores do que os industrializados. É o que significa a recomendação "coma comida", citada logo no início.

Embora existam milhares de substâncias comestíveis com aparência de comida no supermercado, tratam-se na, verdade, de bombas de açúcares, gorduras e muito sal. E não estamos falando apenas de fast-foods. Barras de cereais, bebidas energéticas, doces, entre outras delícias "inocentes", altamente industrializadas, produzidas em resposta aos anseios públicos por uma "alimentação mais saudável", que muitas vezes alegam não terem gorduras trans, colesterol ou calorias, apresentam altas doses de corantes, conservantes, glucose de milho e outras várias substâncias artificiais, que além de não fazerem bem ao organismo, não alimentam.

Outra recomendação de Pollan diz respeito a esses elementos artificiais cujos nomes mal se consegue dizer. "Evite comidas contendo ingredientes cujos nomes não se possa pronunciar", explica. Portanto, diante de uma lista de substâncias como "diglicerídeos hidrolizados", melhor não arriscar, porque não se trata de comida, mas de química. Produtos que, em geral, duram muito. Logo, outra dica do autor é "não coma nada que não possa um dia apodrecer" – porque se nem fungo quis comer, significa que não é comida!

Michael Pollan ataca, fundamentalmente, a dieta ocidental, que é mantida pela indústria alimentícia e se alastra com a globalização. A dieta ocidental se baseia em carboidratos refinados, como farinha branca e açúcar, que assim como o óleo vegetal refinado, são produtos da ciência alimentícia moderna. Essa dieta é apontada pelo autor como principal culpada pelas doenças crônicas de que temos sido vítimas na atualidade, como diabetes, AVC, câncer, doenças cardiovasculares, obesidade e outros males.

Antes de mais nada, uma alimentação saudável está baseada em alimentos frescos, encontrados em hortifrútis e feiras, onde a comida pode ser reconhecida de forma simples – rúcula, cenoura, ovo, carne, peixe etc. De preferência, de maneira equilibrada, sendo a carne um acompanhamento e não prato principal, por exemplo. De acordo com Pollan, ocorre nos Estados Unidos um paradoxo: as pessoas estão obcecadas por nutrição e dieta, mas continuam comendo mal. Uma nação de ortoréxicos.

O problema é que toda essa preocupação subtrai o prazer do ato de comer e, aposta o autor, a saúde e a felicidade em geral. Daí o paradoxo dos franceses (ou italianos, japoneses, chineses etc.), que adoram sua comida pesada, mas tem baixos índices de doenças cardíacas e os outros males crônicos da atualidade. A resposta de Pollan é simples: a dieta norte-americana, ocidental, é a única na qual o corpo humano não consegue se manter saudável.

"Em defesa da comida" defende, na verdade, uma relação saudável com a produção de comida (com respeito à terra) e com o prazer de se alimentar bem, de preferência com uma comida tradicional, feita em casa. Reforçar os valores culturais e familiares do ato de se alimentar. "Estamos entrando numa era de alimentação pós-industrial; pela primeira vez em uma geração é possível deixar para trás a dieta ocidental sem ter também que deixar para trás a civilização. (...) Este livro é o manifesto de alguém que come, um convite para que você se una ao movimento que está renovando nosso sistema alimentício em nome da saúde", explica Pollan.


MICHAEL POLLAN, autor de "O dilema do onívoro", best-seller considerado um dos 10 melhores livros de 2006 pelo New York Times, publicou The Botany of Desire e Second Nature. Professor de jornalismo da Universidade da Califórnia, em Berkeley, foi editor-executivo da revista Harper's, e colabora com a revista dominical do New York Times.


Recomendações de Michael Pollan para uma alimentação saudável:


1. Não coma nada que sua avó não reconhecesse como comida.

2. Evite comidas contendo ingredientes cujos nomes você não possa pronunciar.

3. Não coma nada que não possa um dia apodrecer.

4. Evite produtos alimentícios que aleguem vantagens para sua saúde.

5. Dispense os corredores centrais dos supermercados e prefira comprar nas prateleiras periféricas.

6. Melhor ainda: compre comida em outros lugares, como feiras livres ou mercadinhos hortifrútis.

7. Pague mais, coma menos.

8. Coma uma variedade maior de alimentos.

9. Prefira produtos provenientes de animais que pastam.

10. Cozinhe e, se puder, plante alguns itens de seu cardápio.

11. Prepare suas refeições e coma apenas à mesa.

12. Coma com ponderação, acompanhado, quando possível, e sempre com prazer.


Pai Nosso em Aramaico


É desta oração que se derivou a versão atual do "Pai-Nosso", a prece ecumênica de Jesus Cristo. Ela está escrita em aramaico, sob uma pedra branca de mármore, em Jerusalém / Palestina, no Monte das Oliveiras, na exata forma com que era invocada pelo Mestre Jesus. O aramaico é um idioma originário da Alta Mesopotâmia (séc VI A.C.) e é a língua usada pelos povos da região. Jesus sempre falava ao povo em aramaico. A tradução direta do aramaico para o português, (sem a interferência da Igreja), a oração abaixo, nos mostra toda sua beleza, profundidade e verdadeira.
"Sempre me perguntei porque em todos os livros e ensinamentos, Jesus se referia ao Criador, como Pai. A igreja católica "adulterou" este ensinamento por interesses políticos em seus Concílios, porque a parte feminina de Deus, é a reveladora e a mantenedora da libertação do homem, do jugo material, pois é através da mulher, que o homem reconhece a si mesmo como ser divino, a imagem e semelhança do Criador."

1a Versão

"Pai-Mãe, respiração da Vida, Fonte do som,
Ação sem palavras, Criador do Cosmos!
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho respirando apenas o sentimento que emana do Senhor.
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu,para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas,em toda existência individual, assim como em todas as comunidades.
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda,
E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.
Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento de que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo,
a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza.
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.
Que assim seja!!!
Estejam com Deus hoje e sempre. "

2a Versão

"Ó Fonte da Manifestação!
Pai-Mãe do CosmoFocaliza Tua Luz dentro de nós, tornando-a útil.
Estabelece Teu Reino de unidade agora.
Que Teu desejo uno atue com os nossos,
assim como em toda a luz e em todas as formas.
Dá-nos o que precisamos cada dia, em pão e percepção;
desfaz os laços dos erros que nos prendem,
assim como nós soltamos as amarras que mantemos da culpa dos outros.
Não deixe que coisas superficiais nos iludam.
Mas liberta-nos de tudo que nos aprisiona.
De ti nasce a vontade que tudo governa,
o poder e a força viva da ação,
a melodia que tudo embeleza
e de idade a idade tudo renova.
Amém."

O Paradoxo do Nosso Tempo

George Carlin

(Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — Santa Monica, 22 de junho de 2008) foi um humorista, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de crítica social. A sua mais polémica rotina chamava-se "Sete Palavras que não se podem dizer em Televisão", o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto a palco.
Até meados da década de 1960, Carlin manteve uma imagem tradicional, com fato e cabelo curto. Depois, ao escrever novo ato, decidiu deixar crescer o cabelo e a barba, tornando-se um ícone da contracultura. Crítico acérrimo das religiões, ateu convicto, principalmente do sentido da culpa e do controle social, defendia valores seculares.
Aplaudido por vários colegas, como Lewis Black e Bill Maher, George Carlin chegou ainda a participar em vários filmes e séries de TV. Dublou ainda filmes de animação, como Carros e outros.
Em 22 de Junho, 2008, Carlin deu entrada no hospital Saint John's Health Center em Santa Monica, California, com dores no peito, vindo a falecer naquele dia às 5:55 p.m. Carlin tinha 71 anos. Sua morte ocorreu uma semana após sua última apresentação no Orleans Hotel e Casino de Las Vegas. Seguindo seus pedidos, Carlin foi cremado e suas cinzas espalhadas sem qualquer serviço de homenagens publicas ou religiosas.


O Paradoxo do Nosso Tempo

”Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize sua família e as pessoas que fazem parte de sua vida.”

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Estranha Homenagem



 
Esta mensagem recebi há muito tempo em uma palestra que fui em uma fraternidade espiritualista. Não sei qual o autor, mas o texto é muito interessante e nos faz refletir profundamente sobre o verdadeiro significado do Natal.


"Um instrutor de elevada categoria espiritual chamou certa vez a nossa atenção para um quadro terráqueo, observado durante o NATAL à meia noite.
Estava reunida opulenta família, num lauto e elegante banquete. Sobre a mesa posta, guarnecida de alva toalha de linho belga, entre flores perfumadas e candelabros policromos, enfileiravam-se as mais fortes e exóticas bebidas, de permeio a indigestas comedorias natalinas. Entendia aquele grupo que a celebração do Nascimento do menino JESUS teria de ser à custa de muitas festanças, entre comidas, bebidas e danças.
Dentre o que se enxergava sobre a mesa, sobressaiam nas lousas frias de um necrotério, os cadáveres de leitões recheados, besuntados de banha, trazendo espetadas, rodelas de limão; cabritos tostados, quais mercadorias salvas de um incêndio, galinhas e perus ao forno, retorcidos, demonstrando os finais estertores de uma degola cruel; churrasco “mignon” ao espetinho trabalhado com esmero e, para completar o trágico banquete carnívoro, não faltavam o “rosbife em fatias”, o inocente coelho assado, nem a rã “`a doré”.
Era de estarrecer! Quanta carnificina! Quanto sangue derramado, quanta dor e sofrimentos causados aos pobres e inocentes animais.
Vibravam ainda no espaço as angustiosas lamentações que os coitadinhos deviam ter lançado violentamente aos céus, quando tiveram seus corações transpassados pelo punhal assassino do carrasco insensível. Parecia-nos ver, horas antes, lá na campina verdejante do interior, a prestimosa vaca a doar o seu leite para a nossa alimentação e o saltitante cabrito a lamber com ternura as mãos do fazendeiro, naturalmente, em sinal de gratidão pela amizade e proteção que os homens dispensam aos animais.
E agora, ó terrível desengano, lá estavam eles esquartejados e carbonizados!...
O saudável cereal, o apreciado legume, a boa hortaliça e a suculenta fruta, apenas representavam, naquela mesa, o insignificante papel de mero adorno culinário.
Quanta barbaridade! Era de cortar o coração de qualquer criatura mais sensível; contudo o macabro festim dos “CIVILIZADOS” antropófagos dava início.
Os convivas, ao redor da mesa, endereçavam aos petiscos olhares gulosos e de cobiça, enquanto iam engolindo ávidos os inocentes cadáveres, transformando seus estômagos em autênticos cemitérios ambulantes. Tudo se transmudava com rapidez através dos intoxicados sucos gástricos e com auxílio das bebidas alcoólicas. Se esse quadro fosse olhado de súbito por vós, teríeis a representação exata de um repulsivo açougue de inofensivos animais, instalado em palacete de luxo, onde jaziam sacrificados pela sanha do homem, cujo título dizem que é o de “Sapiente Rei da Natureza”!
Quase ao final do banquete, alguém levanta a voz, e, a pretexto de prece de Natal, todos começam,  apressadamente, a invocar JESUS, para que Ele, nesse seu glorioso dia, viesse abençoar a ceia posta, aquele matadouro doméstico de IRMÃOS menos evoluídos, aliás nossos irmãos mais chegados.
Sem demora e, como por milagre, a cena mudou inteiramente.
Os espíritos presentes apreciavam a reunião de semblante triste, piedosos; alguns até choravam ante a brutal carnificina.
Após as invocações, Jesus compareceu! Sim; o Nazareno chegou!
No luzidio cortejo do Mestre, vinham também necessitados, esfaimados, doentes e maltrapilhos, tal como no “SERMÃO DA MONTANHA”. Formou-se então, ao redor do repugnante festim, sem que disso os convivas tivessem a menor idéia, um enorme anfiteatro, abrigando milhares e milhares de entidades, permanecendo bem no centro, como num circo romano, o grupo devorador de cadáveres, saudando e homenageando com muito barulho o Menino Jesus que acabara de nascer...
Jesus, o invocado, ofuscando a multidão presente pela luminosidade que d’Ele se desprendia, chegou e colocou-se em pé ante aquela turba. De semblante profundamente amargurado e triste, de coração opresso, entre lágrimas que banhavam a Sua face, abençoou, não aquele infeliz ato que dera margem a tamanha carnificina e dor, mas sim à inditosa família e seus convidados, implorando a DEUS uma razão mais lúcida para as suas mentes.
Em seguida, ergue Jesus seu olhar plácido e indulgente e suplica ajoelhado a Deus:
“ PAI, PERDOA-OS MAIS UMA VEZ, POIS AINDA NÃO CHEGARAM A ENTENDER O NÃO MATARÁS... A NINGUÉM.”!

Eis como alguns homenageiam o menino JESUS!!!"

Mensagem de Budha:

“O homem implora a misericórdia de Deus e não tem misericórdia pelos animais, para os quais ele é como um Deus. Tudo quanto vive na terra está unido por laços de parentesco, e os animais que matais já vos deram o doce tributo do seu leite, o macio de sua lã, e depositam sua confiança nas mãos que os degolam.
Ninguém pode purificar seu espírito com sangue.
Sobre a inocente cabeça de um animal, não é possível colocar nem o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um deve responder.
Feliz seria a Terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços da benevolência e só se alimentassem de alimentos puros, sem derrame de sangue. Os dourados grãos, os reluzentes frutos e as saborosas ervas que nascem para todos, bastariam para alimentar e dar fartura ao mundo.”






sábado, 11 de dezembro de 2010

O Futuro do Brasil


Muitas são as mensagens de origem espiritualista que indicam o Brasil como a grande nação do futuro, de vultosa importância para o mundo após os acontecimentos que abrirão o terceiro milênio. Algumas já foram apresentadas, como as de Ramatís e Pietro Ubaldi. A seguir acrescentamos as seguintes:
Está registrado no prefácio do livro "Brasil - Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", pelo espírito Humberto de Campos e Psicografado por Francisco Cândido Xavier (o prefácio foi escrito pelo espírito Emmanuel):
"..., se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do Ocidente; se o império português e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento, no relógio que marca os dias da evolução da humanidade.
Se outros povos atestaram o progresso, pelas expressões materializadas e transitórias, o Brasil terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz."
Ainda o espírito Emmanuel, por meio de Chico Xavier, diz em 1938:
"O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro."

No livro "O Terceiro Milênio", do espírito Irmão X, entidade bastante conceituada no meio Kardecista brasileiro, e psicografado por Alcor Fayard, temos registrado:
"Nos mares desérticos dos continentes africano, europeu e asiático, divisam-se as silhuetas de embarcações americanas. São navios carregados de víveres que vão a essas plagas levar suprimentos às populações famintas, num gesto comovedor de solidariedade humana. ... Capitaneadas pelo Brasil, essas embarcações despejam nas costas desses continentes devastados, mantimentos, roupas e agasalhos. E, assim, aos poucos, vão sendo minorados os sofrimentos daqueles que, por milagre providencial, escaparam à hecatombe." (Pág. 18).
"A Europa é um cemitério. A Ásia e a África, desertos. Parte das Américas está horrivelmente mutilada. Só o Brasil e as repúblicas sul-americanas suas irmãs ficarão incólumes. O que mais resta mostra, nas suas feridas, a virulência do mal desencadeado face ao planeta.
...
Profundas transformações se deram à face do planeta. A par da destruição provocada pela cegueira do homem, convulsões físicas mudaram o aspecto do orbe. Os pólos puseram a nu a fertilidade de um solo inexplorado, as águas se deslocaram para dentro de alguns continentes, a configuração do globo é diferente." (Págs. 41 a 47).
"Procura-se, febrilmente, uma solução para os problemas do mundo. O Brasil lidera nessa oportunidade, um agigantado movimento em favor das vítimas da guerra. ... E, aos poucos, o potencial da imensa Pátria Brasileira vai suprindo as necessidades dos povos famintos. ...
"Continentes são submergidos e outros aparecem para proporcionar condições de habitabilidade mais perfeita. É um movimento renovador que nasce da necessidade de progresso evolutivo, quando se trata de impulsionar os espíritos para objetivos cada vez mais elevados". (pág. 131).
"O Brasil, pela bondade de seu povo, pela vastidão do seu território, por seu desenvolvimento agrícola e industrial é, no momento desta narrativa, potência do mundo." (Pág. 161).
Aqui temos partes da palestra "O Porvir do Brasil", realizada em abril de 1938 no Rio de Janeiro pelo famoso e conceituado teosofista (e, na época, Presidente da Sociedade Teosófica) C. Jinarajadasa:
"É esta a minha terceira visita ao Brasil... Por que me abalancei ao desconforto e dispêndio de uma viagem tão longa? - Em primeiro lugar, porque o meu dever é explanar as idéias filosóficas de Teosofia em todos os países, aos que buscam a verdade.... Em segundo lugar, porém, é porque o Brasil tem um papel especial a realizar no desenvolvimento de toda a Sul-América, ... A importância do Brasil não reside meramente no seu tamanho como a maior das nações do Sul em área e população. Um país como a Argentina, com sua grande energia e rapidez de desenvolvimento, pode bem rivalizar com o Brasil em muitos departamentos da vida. A argentina, com seu idioma espanhol comum a toda a América do Sul e Central, com exceção do Brasil, pode seguramente exercer uma influência maior que a do Brasil. É isto que ressalta ao observador vulgar. - Eu, porém, não sou observador vulgar, acompanho uma visão que me foi dada pelos meus Instrutores. Eles mostraram-me algo do futuro, e é por causa dessa visão que dediquei tanto tempo ao Brasil. ... Ora, Deus tem um plano para a América do Sul. Foi por causa desse plano que Ele vos trouxe ... da Europa para aqui, para as múltiplas nações que constituem a América do Sul. Tendo-vos trazido para aqui, está Ele criando lentamente uma nova raça. Está combinando por exemplo, no Brasil, as raças branca, preta e vermelha, para produzir um novo tipo. A nova variante da Raça Ariana, que nós teosofistas, denominamos a sétima sub-raça, aparecerá no decurso dos séculos sobre toda a América do Sul; mas está já começando a aparecer no Brasil. ...
- Porém, mais importante do que o tipo físico são a mentalidade e os atributos emocionais da nova raça. E é neste ponto que o Brasil pode tomar a dianteira a toda a América do Sul.
... Todo esse elemento estético, inato no vosso temperamento, vos está predispondo a tomardes a dianteira da nova era a vir para a América do Sul - a Era da Intuição. - As grandes conquistas na ciência e no desenvolvimento material do futuro serão devidas muito mais aos processos da intuição do que aos da mente. O Homem Novo distinguir-se-á pela sua intuição. - Ora, a intuição une: é cheia de ternura e fraternidade. Tornai intuitiva a nação brasileira, e então o vosso Brasil orientará toda a América do Sul em direção a uma Era de Paz e Fraternidade."

Manifesto do chefe Seattle ao Presidente dos E.U.A.


"Nossa homenagem a um dos maiores exemplos de consciência ecológica e espiritualidade de todos os tempos."

O chefe Seattle nasceu em 1790 e morreu em 1866. Liderou os Duwamish e as tribos Suquamish, Samanish, Skopamish e Stakmish, sendo o primeiro signatário do tratado de Port Elliot, pelo qual estas tribos se submeteram às imposições governamentais dos EUA, recebendo, em troca, uma reserva indígena.

Cumpre lembrar, também, que a cidade de Seattle, nos EUA, tem este nome em homenagem ao chefe dos Duwamish. E um monumento foi erguido sobre a lápide do seu patrono, pelo povo de Seattle, em 1890.

O manifesto é considerado como um dos mais profundos pronunciamentos a respeito da defesa do meio ambiente. Embora datado de 1855, sua atualidade é indiscutível, à medida que salienta nossa falta de respeito e cuidado com a terra e, conseqüentemente, com o equilíbrio ecológico.

"O Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa Terra. Manda também, palavras de amizade e cordialidade. É gentil de sua parte, mesmo sabendo que ele tem pouca necessidade de retorno de nossa amizade. Mas consideraremos a sua proposta, pois sabemos que se nós não vendermos, o homem branco poderá aparecer com armas de fogo, e ficar com nossa terra. É possível comprar o céu e o calor da terra? Tal idéia é estranha para nós. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como podem comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, a areia da praia, cada bruma nas densas florestas, cada clareira e cada inseto a zumbir são sagrados na memória do meu povo. A seiva que corre através das árvores carrega as memórias do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem, quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos nunca esquecem esta bonita terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, o cervo, o cavalo e a grande águia são nossos irmãos. Os cumes rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem, todos pertencem a uma mesma família. Deste modo, quando o Grande Chefe manda dizer que quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que ele nos reservará um lugar onde possamos viver contentes. Ele será nosso pai e nós sermos seus filhos. Assim, consideraremos sua oferta de comprar nossa terra. Mas não será fácil, pois esta terra é sagrada para nós. Esta água brilhante, que corre nos riachos e rios, não é somente água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada, e que cada reflexo do espírito, na cristalina água dos lagos, revela acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, eles saciam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar às suas crianças que os rios são nossos irmãos, e seus também, e vocês devem, daqui em diante, dar aos rios a bondade que dariam a qualquer irmão. O homem vermelho sempre temeu o avanço do homem branco, como a névoa da montanha corre antes do sol da manhã. Mas as cinzas dos nossos pais são sagradas. Suas sepulturas são solo sagrado e, portanto, estas colinas, estas árvores, esta porção do mundo, são sagradas para nós. Sabemos que o homem branco não entende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, como um forasteiro que vem à noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, continua simplesmente o seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus pais. E não se importa. Rouba a terra de seus filhos. E não se importa. As sepulturas de seus pais e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, sua terra, seu irmão, e o céu, como coisas para serem compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou contas coloridas. Seu apetite devorará a terra e deixará somente um deserto. Eu não sei. Nossos costumes são diferentes de seus costumes. A visão de suas cidades causa dor aos olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda. Não há um lugar calmo nas cidades do homem branco. Nenhum lugar para escutar o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreenda. O ruído parece apenas insultar os ouvidos. E o que resta da vida, se um homem não pode escutar o choro solitário de um pássaro ou o coaxo dos sapos em volta de uma lagoa à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento, encrespando a face do lago, e o próprio aroma do vento, limpo por uma chuva do meio-dia, ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. O homem branco parece não sentir o ar que respira. Como um animal agonizando há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir sentir o vento adoçado pelas flores das campinas. Portanto, nós consideraremos sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitá-la, vou impor uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra maneira de agir. Avistei um milhar de búfalos apodrecendo na campina, abandonados pelo homem branco que lhes atirou de um trem a passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como pode ser, um fumegante cavalo de ferro, mais importante que o búfalo sacrificado por nós apenas para permanecermos vivos. Que é um homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, homens morreriam de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo. Deve ensinar, às suas crianças, que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que a terra é enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças; que a terra é nossa mãe. Tudo o que ocorrer com a terra, ocorrerá aos filhos da terra. Se os homens desprezam o solo, estão desprezando a si mesmos. Isto sabemos. A terra não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra. Isso sabemos. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu a trama da vida; ele é meramente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mas consideraremos sua oferta de ir à reserva que você tem para meu povo. Viveremos isolados e em paz. Pouco importa onde passaremos o final de nossas vidas. Nossas crianças viram os seus pais humilhados na derrota. Nossos guerreiros sentiram vergonha depois da derrota e tornaram ociosos seus dias, contaminando seus corpos com doces e bebidas fortes. Pouco importa onde passaremos o final de nossos dias. Não são muitos. Poucas horas mais, poucos invernos mais. E não deixaremos as crianças das grandes tribos, que viveram nesta terra, ou que agora perambulam em pequenos grupos nas florestas, lamentarem diante dos túmulos de um povo, outrora tão forte e esperançoso quanto o seu. Mas porque eu deveria lamentar a passagem do meu povo? Tribos são feitas de homens, nada mais. Homens vêm e vão, como as ondas do mar. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. Apesar de tudo, podemos ser irmãos. Veremos. Uma coisa sabemos - e que o homem branco poderá um dia descobrir - nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que o possuem, como desejam possuir a terra; mas não podem. Ele é o Deus do homem, e sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. Esta terra é preciosa para Ele e feri-la é desprezar seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais breve do que todas as outras tribos. Continuem contaminando suas camas, e em uma determinada noite vocês serão sufocados pela sua própria ruína. Mas nas suas desaparições vocês brilharão intensamente, iluminados pela força de Deus que os trouxe a esta terra e, por alguma razão especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos quando os búfalos são exterminados, os cavalos selvagens são domados, e os recantos secretos da densa floresta são impregnados do cheiro de muitos homens e a visão dos morros são obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. Que é dizer adeus ao potro veloz e à caça? É o fim da vida e o início da subvida. Portanto consideraremos sua oferta de comprar a terra. Se concordarmos será para assegurarmos a reserva que vocês prometeram. Lá, talvez, poderemos sobreviver nossos derradeiros dias como desejamos. Quando o último homem vermelho desaparecer desta terra, e sua memória for apenas a sombra de uma nuvem se movendo sobre a pradaria, estas praias e florestas ainda estarão mantendo os espíritos de meu povo. Pois meu povo ama esta terra como o recém-nascido ama a batida do coração de sua mãe. Portanto se lhes vendermos nossa terra, procurem dar amor a ela assim como nós a amamos."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Árvores



Plantar ávores...
Ah! como é bom o contato com a terra, plantar uma árvore, observá-la crescer, cuidar a apreciar. Ultimamente temos plantado várias árvores em nosso pomar aproveitando a época das chuvas. Este texto simples nos mostra como é bom este ato. Para nós e para o planeta!

Arvorecer, árvore-ser
A madeira é sagrada. Precisamos plantar árvores - em vasos, jardins, calçadas - em favor da vida
Texto • Carlos Solano
Pois me contava seu Antônio, no meio daquele quintalzão, no meio de latas e latinhas plantadas, cheias de cheiros e segredos, no meio de um bom caneco de café passadinho na hora: "De tudo, o que vale mais é se arvorecer". Pausa. Arvorecer? O que será isso, meu Deus? Encabulado, e sem querer ofender, me propus discretamente a investigar. E levei a conversa para o lado mais evidente: o das árvores e das madeiras.
"A madeira é viva", me respondeu. "Só por isso, já merece um afeto." Uma misturinha de cera de abelha, de carnaúba e parafina evita o ressecamento, que favorece as pragas. A cera de abelha, que ainda perfuma, imuniza por causa da própolis. Boa para os móveis. O barro de terra de formigueiro e a fumaça do fogo a lenha também a protegem. Por causa do fogo, seu Antônio jura que "em casa de mulher não entra cupim". Contra umidade, ele usa sebo animal ou qualquer azeite - de mamona, de dendê. Para a madeira que toma sol e chuva, o óleo de linhaça é um verniz natural e ainda estimula a cor. Para clarear o assoalho, esfrega-se a folha da piteira, batida e rasgada, junto com a areia do rio. "Mas o mais importante é colher a madeira madurinha (para não ser ofendida pelas pragas), na lua minguante (para recolher o fortificante) e nos meses sem R, de maio a agosto (seca, para não empenar)."
Mas podemos usar madeira em casa, sem culpa? Cortar árvore não ofende as matas? Levei a conversa adiante, tateando pelos caminhos do arvorecer. "Depende", disse ele. "Árvore se planta, árvore cresce." Claro, a madeira é o único material renovável... Uma montanha de areia, uma mina de calcário (cimento) ou uma de minério de ferro - elementos tecidos pela natureza ao longo de milênios - não se recuperam jamais. Mas a madeira deve ser certificada com um selo ambiental, que garante o manejo ecológico e a salvação das matas. Confirmam as barbas brancas do seu Antônio que se replantarmos, "quando o neto estiver morando na casa que foi da avó, o mato já está refeito".
Uma luz! Quem sabe arvorecer não tem a ver com deixar florescer, defender e manter as matas? Afinal, faz sentido. A árvore é um dos três componentes fundamentais do entorno humano. Os outros são a pessoa e a casa. Diz o maravilhoso Livro das Árvores (ed. OGPTB) que "a floresta é a maior riqueza que podemos deixar para nossos filhos".
Sim, deve ser isso! Mesmo porque, hoje, as árvores são os protetores da Terra: impedem a erosão (a destruição do solo e dos mananciais), perfumam e purificam o ar (retendo as partículas poluentes), doam frutos, curam, servem de hábitat para animais e pássaros, equilibram o processo de aquecimento global (absorvem dióxido de carbono e devolvem à atmosfera vapor d'água e oxigênio). As árvores ainda nos favorecem, criando lugares de estar (sob uma copa frondosa), de passear (uma alameda), de passar (um portal), de proteção (uma cerca) e de beleza (o que é fundamental, pois o feio destrói a sensibilidade). Criando lugares de viver, as árvores também cativam os homens, que, por sua vez, voltam a amá-las.
Então, num fôlego de coragem, concluí em alto e bom tom: acho muito importante arvorecer as árvores! "Como assim?", foi a resposta. "Arvorecer é arvorejar".

Diante da minha perplexidade, ele se compadeceu: "Al-vo-re-cer ou al-vo-re-jar. Alvejar, tornar alvo, amaciar, abrandar, embrandecer o coração empedernido. Isso vale mais do que tudo".
Vale mesmo. Mas, cá para mim, arvorecer ainda tem - e sempre terá - tudo a ver com árvore. Arvorecer é "árvore-ser". Pois não precisamos árvore-ser o coração e parar com essa mania de dominar a natureza? Não precisamos plantar mais árvores - em vasos, no jardim, na calçada e no sítio - como um ato a favor da vida? Árvore-ser é saber que vivemos em uma árvore, ou no único país do mundo que tem um nome de árvore: paubrasil. Árvore-ser é vestir o verde da nossa e de todas as bandeiras.
Pois não é que arvorecer é mesmo tudo do que precisamos? Estão aí os cabelos e as barbas brancas do seu Antônio para comprovar.