terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bhagavad Gita - A Sublime Canção





Meus queridos,

Muitos são os caminhos... a verdade é descortinada... e a vida é despertada em todo o seu esplendor!!!

Saudações,
Marcos
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A Bhagavad Gita, a “Sublime Canção” da Índia, cujas origens remontam ao tempo dos Vedas, apareceu cerca de 5.000 anos antes da Era Cristã. Através dos diálogos entre Krishna (Eu Superior do homem) e Arjuna (Ego humano), ensina que o homem deve agir por amor ao aperfeiçoamento do seu Eu divino, do seu Atman, da sua alma, embora através dos canais do seu ego humano.
Segundo a concepção cósmica da filosofia oriental, toda a atividade do homem profano é fundamentalmente trágica, eivada de culpa, ou karma, porque quem age é o ego, e esse ego é uma ilusão funesta e tudo que o ego ilusório faz é necessariamente negativo, contaminado de culpa e maldade.
Se tal é toda e qualquer atividade do homem profano, então estamos diante de um dilema inevitável: ou agir e onerar-se de culpa – ou não agir e assim preservar-se de culpa.
Grande parte da filosofia orienta optou pela segunda alternativa do dilema: não agir, entregar-se a uma total inatividade, abismar-se numa eterna meditação passiva, a fim de não aumentar o débito negativo do karma.
A Bragavad Gita, porém, não recomenda nenhuma dessas duas alternativas: nem o não-agir e preservar-se de culpa nem o agir e cobrir-se de culpa. A Gita descobriu um terceiro caminho: o de agir sem culpa ou karma.

A Bhagavad Gita recomenda o caminho do reto agir, equidistante do falso-agir e do não-agir.
Como pode o homem agir sem se onerar de culpa?
O falso-agir é um agir por amor ao ego; mas o reto-agir age por amor ao EU, embora através do ego, e assim a sua atividade não é culpada.
O reto-agir, por amor ao Eu verdadeiro, não só não cria uma nova culpabilidade, no presente e no futuro, mas neutraliza também o karma do falso-agir do passado, libertando assim o homem de todos os seus débitos.
É nisto que consiste a suprema sabedoria da Bhagavad Gita.
Mas, para que o homem possa agir assim, por amor ao Eu verdadeiro, deve ele conhecer esse Eu, deve conhecer a verdade sobre si mesmo.
É o que Krishna explica a seu discípulo Arjuna através dos 18 capítulos que perfazem o diálogo deste poema metafísico; auto-conhecimento para tornar possível a auto-realização pelo reto-agir.
A quintessência da Gita é, pois, um convite para o reto-agir, porque o homem não se realiza nem pelo não-agir nem pelo falso=agir.
A alma da Bhagavad Gita é um poema de auto-redenção pela auto-realização baseada em auto-conhecimento.
Homem, conhece-te a ti mesmo!
Homem, realiza-te!
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Eis uma pequena mostra deste poema maravilhoso:

Porque te preocupas sem motivo?
A quem temes, sem razão?
Quem poderia te matar?
A alma não nasce, nem morre.
Qualquer coisa que aconteça,
Acontecerá para seu bem;
O que está acontecendo,
Está acontecendo para o seu bem;
O que vai acontecer,
Também acontecerá para o bem.
Não deves lamentar pelo passado.
Não deves te preocupar com o futuro.
O presente está acontecendo...
Que perda te faz chorar?
Que trouxestes contigo,
E que achas que perdeste?
O que produzistes,
O que achas que foi destruído?
Não destes nada,
Não trouxeste nada contigo,
Qualquer coisa que possuas, recebestes aqui.
Qualquer coisa que tomastes, foi tomada de Deus.
Tudo o que seja que tenham te dado,
Ele te deu.
Chegastes de mãos vazias,
E voltarás de mãos vazias.
Tudo que tens hoje,
Pertencia a outra pessoa ontem,
E pertencerá a outra no dia de amanhã.
Erradamente desfrutastes da idéia que isso te pertence.
É esta falsa felicidade,
A causa de seus sofrimentos.
A mudança é a lei do universo.
O que tu consideras como morte,
É, na realidade, a vida.
Em qualquer momento tu podes ser um milionário
E, no seguinte, podes cair em pobreza.
Teus e meus, grandes e pequenos
Apagues essas idéias de tua mente.
Então, tudo te pertencerá
E todos serão donos.
Esse corpo te pertence,
Também tu não és desse corpo.
O corpo é feito de fogo, água, ar, terra e éter,
E retornará para esses elementos.
Mas a alma é permanente – então quem és tu?
Dediques teu ser a Deus.
Ele é o único em quem se deve confiar.
Aqueles que conhecem esta verdade são para sempre,
Livres do medo, preocupação e dor.
Aconteça o que acontecer,
Faças como uma oferta a Deus.
Isso te levará
A experimentar da alegria, da liberdade e da vida para sempre.

Bhagavad Gita
Tradução: Huberto Rohden

Um comentário:

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